quinta-feira, 15 de maio de 2008

Genes e Nosologia

Christopher Huet at Street Anatomy

Ainda sobre o artigo de Pollack, que muito me intrigou:

Se considerarmos minimamente a evolução humana, podemos entender que somos fruto de uma série de contingências que por uma ou outra razão, possibilitaram nossa sobrevivência e de nossos descendentes, sob as mais variadas e hostis condições ambientais. Condições que ou deixaram de existir, ou foram substituídas por outras, mais recentes. Por exemplo, recente nosso acesso ao sal e às gorduras insaturadas. A avidez por essas substâncias foi muito útil em determinados períodos da evolução, mas com certeza, não é o caso agora.

Ao desenhar o mapa das doenças, quem vai contar essa história? De que me adianta saber que a distrofia de Duchenne está ligada a doenças cardiovasculares? A pergunta muito mais interessante é: Por que elas estão ligadas?

Para evoluir e sobreviver, ganhamos doenças! A Vida carrega a Morte dentro de si. Essa continua sendo a grande contradição da existência.

4 comentários:

Anônimo disse...

Karl,
lúcidas indagações! Nós continuaremos contando a História. Somos seres em evolução (não no sentido metafísico, mas darwiniano). Você há de concordar comigo que a evolução darwiniana é um processo contínuo, onipresente, sem fim.
Abraço!

Karl disse...

Sim. Mas não sei se a ciência está com os olhos voltados para isso, hoje.

Essa história para ser contada necessita de uma unificação de saberes. O caminho parece ainda estar sendo trilhado ao contrário.

Wellcome back, fella!!

Anônimo disse...

Caro Karl,
essa tal "teoria da unificação dos saberes" num deu com os burros n'água não?

Karl disse...

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